QUARENTA
Tenho a consciência que preparei a corrida bem. Apesar de ter ficado doente as duas últimas semanas, sentia-me bem nos dias antecedentes à grande corrida. Mas a "coisa" não correu tão bem como o previsto, ou seja, não foi fácil. Apesar de tudo fiz os 40 quilómetros que se impunham (e mais um pouco, na verdade corri a distância da maratona). Este é o meio-dia da vida, quando o sol toca o seu ponto mais alto no céu. Olhando para trás e fazendo um balanço de vida: foi o melhor ano de sempre, concretizei sonhos que já tinham passado e passei metas que só pensava atingir muito mais tarde na vida. Sinto-me melhor que nunca. Sem falta de humildade: sou melhor pessoa, mais homem, mais humano, mais ser. As mundivivências (mesmo assim: mundivivências) que me vão metamorfoseando e melhorando não são experienciadas sozinhas, antes saboreadas a par, o que permite que o pluck transformador penetra a alma ainda mais fundo. Mas não posso descansar à sombra daquilo que agora sou. A gente ...